Como cuidar e lidar com as mudanças de humor das crianças?

Mudanças de humor na infância e na juventude são muito comuns. Entenda as causas desse comportamento e as melhores formas de lidar com ele!

Mudanças de humor são muito frequentes em nossos pequenos e, na maioria das vezes, corresponde a sinais naturais de que eles estão crescendo.

E crescer não é uma tarefa fácil. Essa nova experimentação do mundo traz consigo muitas transformações e, com elas, alegrias, divertimentos, aborrecimentos e frustrações.

Por isso, a família que nota essas mudanças de humor não precisa se assustar. É necessário, entretanto, buscar compreender as causas desse comportamento e as melhores formas de lidar com ele.

Neste post, vamos ajudá-lo a descobrir como lidar com essas oscilações de humor favorecendo e promovendo o desenvolvimento da criança.

Os motivos das mudanças de humor

As mudanças de humor infantil podem ter várias causas. Como vimos, na maioria das vezes, estão relacionadas ao crescimento e amadurecimento normal infantil, como por exemplo, o fato de se desenvolverem sentimentos de frustração ao se depararem com limites e regras impostas pelos adultos.

Porém, é bom compreender de perto essas modificações. Afinal, a criança pode estar vivenciando medos em relação à escola, dificuldades de aprendizagem ou mesmo conflitos com os novos amiguinhos, mas pode ser também apenas uma característica individual como aquele mau humor matinal ao acordar, por exemplo.

Conhecer esses motivos permite que você interprete o comportamento da criança e ajude-a a enfrentar esse período de instabilidade emocional. Diálogo é a palavra-chave.

Busque criar um vínculo de afeto e confiança com o pequeno para que ele possa expor as frustrações e, assim, encontrar apoio para superá-las.

Faça também uma autorreflexão sobre modificações no ambiente familiar e avalie se alterações na rotina (viagens, mudanças de lar ou separações) podem estar influenciando no humor da criança.

Cada idade tem uma birra

Ao longo dos quatro primeiros anos de idade é muito comum que as crianças façam as famosas “birras”.

Nessa fase, qualquer negação ou desejo frustrado costumam ser acompanhados de choros, gritos e muito esperneio.

O processo de educação nessa idade pode ser bastante cansativo para os pais, que têm de redobrar a paciência para mostrar aos filhos os melhores caminhos e explicar o porquê das negações.

Mostre que regras são necessárias, mas também evidencie o afeto para que a criança não se sinta sozinha e sem apoio.

Já entre 5 e 7 anos, as crianças começam a experimentar mudanças mais decisivas no comportamento. Muitos psicólogos, inclusive, nomeiam essa fase como a “adolescência da primeira infância”. Isso porque há diversas alterações de ordem psíquica, física e social. Nesse momento, ocorre a alfabetização e um processo de intensa comunicação. Isso tende a desestabilizar as barreiras conhecidas pelos pequenos pois lhes proporciona alguns aspectos do mundo adulto.

Os pais podem ajudar incentivando e apoiando a leitura e a imaginação das crianças e proporcionando espaços para a socialização com outras crianças.

A partir dos 8 anos é bem comum que aquela rebeldia dos primeiros anos seja recolocada. Nessa fase, as crianças já possuem argumentos próprios e vão testando a família todo o tempo. Mantenha sempre o diálogo aberto, mas tenha firmeza em suas decisões.

Cuidados com o mau humor constante

Se você perceber que o mau humor da criança é algo perene e que não representa reações a frustrações que você identifica, a conversa com um profissional especializado em comportamento infantil pode auxiliar muito.

Um psicólogo, por exemplo, identificará os motivos do comportamento instável e proporá soluções simples para ajudar no desenvolvimento da criança.

Mas fique tranquilo, pois alterações de humor fazem parte da vida de qualquer pessoa, e com as crianças não seria diferente, pois estão aprendendo a lidar com o mundo externo, com o outro e com suas próprias emoções, sensações e sentimentos.

Para a família, é importante ter muita paciência e estar sempre atento na promoção de ambientes acolhedores e que permitam aos pequenos compreender e lidar com suas próprias emoções.